sexta-feira, 23 de abril de 2010
Dia das Mães x Infertilidade
O desafio de não deixar o sonho morrer!
Enfim, maio está chegando… E percebemos novamente o tom melancólico no discurso das mulheres que “batalharam” pelo objetivo de ter um filho: “Mais um Dia das Mães chega e o bebê não veio!”. Em meio aos muitos pensamentos, questionamentos também surgem: “Quando ele virá ?” ; “O que acontece comigo que não engravido?”; “Será que engravidarei um dia ?”; “E se isso não ocorrer ?”.
Essas são algumas das perguntas sem respostas que as mulheres que lidam com essa dificuldade se fazem repetidamente.
Percebemos pela prática de que quanto maior o tempo de infertilidade, menores as esperanças de ver o sonho realizado um dia. É como se o sonho da maternidade fosse ficando cada vez mais distante, ao perceberem que tanto tempo se passou e nada ocorreu.
A vivência de frustração e tristeza provocada pela infertilidade costuma se intensificar nessa época e, em decorrência desses sentimentos, percebemos uma tendência a um certo negativismo, prevalecendo o pensamento de que nada dará certo.
A infertilidade fragiliza a mulher, mexendo com sua auto-estima e fazendo com que ela acredite que não é capaz de ser mãe, em função dos diversos “nãos” de cada mês. Desta forma, a crença interna nesta incapacidade de gerar pode dificultar ainda mais a gravidez, uma vez que esta mulher escreve no seu psiquismo um “não”, no lugar de um “sim”, para o filho. Um exemplo claro do que é dizer “sim” para si mesma são as gravidezes que ocorrem de forma espontânea, depois da conquista do primeiro bebê, após várias tentativas de tratamento, ou após a adoção.
Assim, acreditamos que um dos grandes desafios para a mulher que apresenta dificuldades para engravidar é continuar acreditando que ela pode ser mãe, seja pela via natural ou através de outros caminhos que ela siga para chegar ao seu objetivo.
O trabalho interno, visando melhorar a auto-estima, ajuda no enfrentamento desse processo, pois é preciso valorizar as conquistas já obtidas na vida, enquanto se espera pelo filho. Ao se dar conta de tudo o que já realizou, a mulher pode construir uma auto-imagem de pessoa mais forte e que pode lidar com dificuldades.
Casais que vivenciam muitos anos de infertilidade até a chegada do filho precisam, para se manterem estruturados, de outras fontes de investimentos (trabalho, cursos, negócios, lazer), de onde possam colher resultados, enquanto o bebê não vem. Para muitos, a religiosidade, a fé e a troca de experiências com pessoas que vivenciam um problema semelhante ajudam a manter a crença interna de que o filho, em algum momento, será um sonho tangível.
Enquanto o seu Dia das Mães não chega, é preciso cultivar a esperança, pois ela é o elemento que impulsiona a realização do sonho.
Este texto acima é da Luciana Leis, que é uam psicóloga, especializada no atendimento a casais que enfrentam problemas de fertilidade.
Fonte: Blog da Zazou Gestantes
Quanto a mim, eu me recuso a deixar o sonho morrer!
Aline
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Pessoas que se importam.